Eu sempre achei injusto o modo como funciona a vida. Sei que já postei sobre o texto de Charlie Chaplin, mas não é só sobre esse sentido que eu me refiro.

A morte é uma coisa que mexe muito comigo, e bom, acredito que com todo mundo, mas de qualquer maneira não é fácil ter a primeira experiência de morte quando se é com uma pessoa tão próxima quanto a sua avó materna quando se tem 11 anos de idade, e muito menos a sua segunda experiência de morte quando se tem 12 anos de idade e se perde um amigo que estudava com você desde seus 7 anos de idade.

Sei que a vida não para por cada morte, sim, tenho consciência disso, mas acho injusto que com aquela experiência ainda presente se possa sentir alegre naquele momento.

Sempre fui uma criança estranha e acho que sou uma adolescente estranha, pois gosto de curtir o luto, pois acho que na verdade isso é o que te faz pensar que você não é imortal. Sinto que naquele momento você deve sofrer tudo o que se pode, pois assim você descarrega toda a sua dor de uma só vez. Pode parecer estranho mais é o que acho.

Depois de dois velórios extremamente marcantes na minha vida, eu senti como se todas aquelas pessoas que passaram por mim sorrindo estavam erradas, faziam coisas horríveis, pois enquanto algumas pessoas estavam felizes outras estavam enlutadas. Volto a repetir, sei que o mundo não para por esses motivos, mas é cruel ver a vida seguir em frente sem ao menos que as pessoas respeitem o momento do luto.

Desculpem esse assunto um pouco macabro, mas achei que deveria falar sobre isso, não sei exatamente o motivo, mas essa é uma das minhas opiniões mais fortes sobre alguma coisa, então achei que deveria compartilhar...